Noticias
seta volta noticias
Perguntas e respostas sobre Influenza A (H1N1) Gripe Suína

Informações do Ministério da Saúde atualizadas em 16/07/2009
Site do Ministério: www.saude.gov.br

 

1. Existe transmissão sustentada do vírus da Influenza A (H1N1) no Brasil?
Desde 24 de abril, data do primeiro alerta dado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o surgimento da nova doença, até o dia 15 de julho, o Ministério da Saúde só havia registrado casos no país de pessoas que tinham contraído a doença no exterior ou pego de quem esteve fora. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde recebeu a notificação do primeiro caso de transmissão da Influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos dá a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional. Todas as estratégias que o MS deveria adotar numa situação como esta já foram tomadas há quase três semanas. O Brasil se antecipou. A atualização constante de nossas ações contra a nova gripe permitiu que, neste momento, toda a rede de saúde esteja integrada para manter e reforçar as medidas de atenção à população.

2. Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1)?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.

3. Quando eu devo procurar um médico?
Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum.

4. O que fazer em caso de surgimento de sintomas?
Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência.

5. Por que o exame laboratorial parou de ser realizado em todos os casos suspeitos?
Essa mudança ocorreu porque um percentual significativo - mais de 70% - das amostras de casos suspeitos analisadas em laboratórios de referência, antes dessa mudança, não era da nova gripe, mas de outros vírus respiratórios. Com o aumento do número de casos no país, a prioridade do sistema público de saúde é detectar e tratar com a máxima agilidade os casos graves e evitar mortes.

6. Se o exame não é realizado em todas as pessoas, isso significa que o número de casos registrados será subnotificado?
É importante ficar claro que vários países estão adotando a mesma prática, por recomendação da Organização Mundial da Saúde. Vamos continuar a registrar o número de casos. Como já ocorre com surtos de gripe comum, vamos confirmar uma amostra de casos e todos os outros que tiverem os mesmos sintomas e no mesmo ambiente, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja ou no clube, serão confirmados por vínculo epidemiológico. Além disso, temos no Brasil 62 unidades de "Rede Sentinela" em todos os estados, com a função de monitorar a circulação do vírus influenza e ocorrência de surtos. Essa rede permite que as autoridades sanitárias monitorem a ocorrência de surtos devido ao vírus da gripe comum - e, agora, do novo vírus - por meio da coleta sistemática de amostras e envio aos laboratórios de referência. É importante ficar claro que, a partir de agora, o objetivo não é saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus. Com o aumento no número de casos, passamos agora a trabalhar com o diagnóstico coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe comum ou gripe A.

7. Quais os critérios de utilização para o Tamiflu?
Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o Tamiflu. Os demais terão os sintomas tratados, de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o Tamiflu. Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), e também pessoas com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

8. O medicamento está em falta?
Não. O Ministério da Saúde possui estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. Além de comprimidos para uso imediato, temos matéria-prima para produzir mais nove milhões de tratamentos.

9. Os hospitais estão preparados para atender pacientes com a Influenza A (H1N1)?
Atualmente, o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves infectados pelo novo vírus. Nestas unidades, existem 900 leitos com isolamento adequado para atender aos casos que necessitem de internação. Todos os outros hospitais estão preparados para receber pacientes com sintomas leves de gripe.

10. Como eu posso me prevenir da doença?
Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

GRIPE SUÍNA
PERGUNTAS E RESPOSTAS (2)


PERGUNTA

RESPOSTA

1

Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?

Até 10 horas.

2

Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?

Torna o vírus inativo e o mata.

3

Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?

A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.

4

É fácil contagiar-se em aviões?

Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

5

Como posso evitar contagiar-me?

Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6

Qual é o período de incubação do vírus?

Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.

7

Quando se deve começar a tomar o remédio?

Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%

8

De que forma o vírus entra no corpo?

Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

9

O vírus é mortal?

Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

10

Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

11

A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?

Não porque contém químicos e está clorada

12

O que faz o vírus quando provoca a morte?

Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

13

Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?

Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

14

Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?

De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.

15

Onde encontra-se o vírus no ambiente?

Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

17

O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?

Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

18

Qual é a população que está atacando este vírus?

De 20 a 50 anos de idade..

19

É útil a máscara para cobrir a boca?

Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz..

20

Posso fazer exercício ao ar livre?

Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.

21

Serve para algo tomar Vitamina C?

Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22

Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?

A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.

23

O virus se move?

Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

24

Os mascotes contagiam o vírus?

Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.

25

Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?

Não.

26

Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?

As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contagio e com estrito controle médico.

27

O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?

Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

28

Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?

Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.

29

Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?

Não serve para nada.

30

As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?

SIM.

31

Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?

NAO.

32

O que mata o vírus?

O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.

33

O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?

O isolamento.

34

O álcool em gel é efetivo?

SIM, muito efetivo.

35

Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?

Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.

36

Este vírus está sob controle?

Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.

37

O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?

A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.

38

Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?

SIM.

39

As crianças com tosse e gripe têm influenza?

É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

40

Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?

Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.

41

Posso me contagiar ao ar livre?

Se há pessoas infectadas e que tosam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

42

Pode-se comer carne de porco?

SIM pode e não há nenhum risco de contágio.

43

Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?

Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.

 

Nova gripe:

Mãos devem ser lavadas com sabão e demoradamente
Beijos e abraços devem ser evitados no trabalho

 

Mãos devem ser lavadas com sabão e demoradamente

Imagine a cena: você desce a escada rolante do shopping, apoiado no corrimão, e se dirige à praça de alimentação. Lá, escolhe o que quer comer, pega o prato e senta. Antes, porém, alguém infectado com o vírus Influenza A (H1N1), conhecido por gripe suína, espirrou e colocou a mão no corrimão da escada ou se apoiou na bancada do restaurante. É um passo para você ser contagiado. Pois bem, então que tal lembrar do conselho de seus avós e pais dizendo para lavar as mãos antes das refeições, depois de usar o banheiro, chegar da rua ou brincar?

É isso mesmo. Parece uma coisa banal, mas essa atitude pode evitar muito a transmissão da gripe suína, que a cada dia faz mais vítimas. A fórmula é simples. Muita água e sabão. E depois, álcool em gel, caso esteja disponível. E repetir a operação muitas vezes por dia e a cada hora que espirrar, tossir, usar o banheiro e antes de se alimentar. As mãos têm de ser lavadas e bem esfregadas demoradamente.

Lembre-se de que uma das formas de se transmitir a gripe suína, assim como a gripe comum e outras doenças contagiosas, como rubéola e catapora, é quando a pessoa tem contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de alguém infectado. E, em seguida, leva as mãos à boca, nariz e olhos, segundo o Ministério da Saúde.

Só água não adianta.

De acordo com o professor de infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, Munir Akar Ayub, só água não resolve o problema. "Use sabonete comum e faça espuma, porque é ela que tira as bactérias. Lave bem toda a mão e entre os dedos". O álcool 70% e a versão em gel também podem ser usados, mas o médico alerta que não substituem completamente a combinação água e sabão. Ou seja, o ideal nestes tempos de gripe suína é combinar os dois processos.

Para secar as mãos, o ideal é usar toalhas descartáveis. "O problema da toalha comum é que, se alguém não lavar as mãos direito e as enxugar nela, pode transmitir doenças para o próximo que utilizá-las".

 

Gripe suína faz pessoas evitarem beijos e abraços no trabalho

Assim como com a Aids, nos anos 1980, que fez com que as formas de se relacionar sexualmente começassem a mudar para se tornar mais seguras, a chegada do vírus Influenza H1N1, conhecido por gripe suína, aponta sinais de alterações nas relações sociais e, principalmente, no quesito etiqueta profissional. Sim, determinadas regras estão mudando. Se antes cumprimentar com abraço e beijo colegas ou clientes próximos era comum, agora um aperto de mão, no máximo, está de bom tamanho. E segundo especialistas, tais atitudes em épocas de pandemia são bem-vindas.

Consultores de etiqueta dizem que as regras existem para facilitar o convívio e são pensadas para o bem comum. Já as particularidades devem ser resolvidas com bom senso e parece que o momento exige exatamente essa atitude, mesmo tendo alguns exemplos exagerados já divulgados pela mídia, como pessoas que agora só apertam o botão do elevador com os cotovelos para não contaminar as mãos.

Excentricidades à parte, a questão é que o toque, por exemplo, sempre foi um assunto delicado nas culturas. "No Brasil, porém, a sociedade é voltada para o toque, por isso é preciso tomar uma atitude ostensiva no momento de uma pandemia", disse Maria Aparecida Araújo, consultora de comportamento social, profissional e internacional, do Rio de Janeiro. Isso significa dizer que pode sim assumir sua posição: de que não quer dar um beijo ou um abraço. "Mas faça isso de modo agradável, com um sorriso. Ele sempre atenua a postura mais distanciada."

A consultora sugere um excelente cumprimento - sem toque - que pode ser uma boa saída em qualquer situação: a reverência (uma leve inclinação de cabeça). "E quando seguida de um sorriso e olhos nos olhos, fica muito educado e gentil", disse. Outra recomendação da especialista é não se aproximar demais das pessoas para conversar. O ideal, segundo ela, é manter a distância pessoal: 1,20 m em torno do corpo.

No caso de espirros e tosses, é preciso proteger o rosto com um lenço de papel descartável, jogá-lo fora imediatamente e lavar as mãos. "Quem espirra ou tosse é o responsável por tomar os cuidados para não transmitir doenças", disse. E uma das atitudes mais civilizadas é prezar pela higiene das mãos, um dos principais meios de transmissão da doença.

 


 
Acervo da Biblioteca    
   
lista de ramais