Educação financeira para crianças - aprendendo a administrar seu próprio dinheiro
Educar financeiramente uma criança é torná-la capaz de entender o valor do dinheiro para que ela possa usá-lo de forma consciente.
Para isso, seguem algumas dicas que podem ser ensinadas desde cedo.
Crianças têm vontade própria, estão sempre pedindo para comprar algo. Vocês pais, podem e devem dizer “sim” ou “não”, dependendo da necessidade de se adquirir o produto e das suas condições financeiras.
NUNCA, NUNCA compre nada por impulsividade ou apenas para satisfazer um desejo ou por mero capricho.
O primeiro passo, é ensinar a criança o valor do dinheiro. Sente com seu filho e diga a ele o quanto você tem que trabalhar para receber seu salário. Explique que você recebe o salário mensal e que tem que pagar contas de água, luz, telefone, internet, comprar remédio e tem que sobrar um dinheiro para imprevistos. Crianças a partir dos quatro anos de idade, já são capazes de entender de forma simplificada e lidar com pequenas quantias de dinheiro. Caso seu filho seja um pouco maior, por volta dos dez anos, você já pode sentar pra conversar com ele e inclusive mostrar os boletos que você paga, fazer as contas juntos e ele irá entender claramente.
Seu filho recebe mesada?
Caso sua situação financeira permita que você estipule uma mesada a seu filho, defina com ele as contas que ele irá pagar com o dinheiro que receberá e que o que sobrar é o que ele terá pra gastar com o que quer ou guardar.
Explique também, que se ele conseguir guardar por um tempo ao invés de gastar com figurinhas, jogos e supérfluos, ele conseguirá daqui um tempo comprar algo que deseje de maior valor. Para incentivá-lo você pode estabelecer com ele um limite que será poupado por determinado durante determinado período. Por exemplo, a cada R$100,00 que ele conseguir guardar, você dará mais R$10,00.
A partir dos doze anos, você pode oferecer uma mesada maior, criando maiores responsabilidades. Dê a ele uma quantia que ele terá que administrar para pagar suas contas como cinema com os amigos, lanches e diga que se o valor for ultrapassado ele ficará o resto do mês sem dinheiro, pois é isso que acontecerá quando for adulto.
Independentemente da idade, um cofrinho é uma forma de incentivar a criança a poupança. Combine com ele que toda moeda que você receber de troco irá para o cofrinho e que passado um período de tempo, o cofrinho será aberto e ele poderá utilizar o valor ou continuar a guardá-lo numa poupança.
Ensine seu filho a montar uma planilha simples de gastos como no exemplo a seguir, pode ser numa simples folha de caderno, mas tem que anotar todos os gastos e o quanto sobrou após o consumo.
Exemplo de planilha
Data |
Descrição |
Crédito R$ (a quantia que possui) |
Débito (gastos) R$ |
Total R$
(sobrou) |
12/10 |
Mesada |
100,00 |
-- |
-- |
13/10 |
Cinema com amigos |
100,00 |
40,00 |
60,00 |
18/10 |
Lanche |
60,00 |
8,00 |
52,00 |
30/10 |
Passeio escola |
60,00 |
50,00 |
10,00 |
No exemplo acima, a criança recebeu uma mesada de R$100,00 e foi anotando todos os seus gastos. Assim, foi possível saber com precisão quanto lhe sobrou após cada gasto. Como a criança soube administrar bem seu dinheiro, no final do mês, sobrou R$10,00. Esses R$10,00 poderão ir para o cofrinho ou uma conta poupança. Seu filho ficará todo orgulhoso de ter sua própria conta e poder administrá-la.
Após estipular a mesada de seu filho, seja firme e não volte atrás na sua decisão caso o dinheiro dele acabe antes do prazo estabelecido. Assim, pois caso ele erre, irá sofrer as conseqüências, mas ainda não terá uma grande responsabilidade. Isso irá prepará-lo para vida e para que no futuro, saiba administrar bem seu dinheiro, saiba seus limites e as conseqüências de uma decisão errada.
DiCAF/DA/CRHU
Programa Sócio Cultural
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