O Dia do Programador é um feriado profissional oficial na Rússia, celebrado no 256º dia do ano (13 de setembro; ou 12 de setembro nos anos bissextos). O número 256 foi escolhido para esta data porque este é o número de valores distintos que podem ser representados com um byte de oito bits, um número bem conhecido entre os programadores. Além disso, '256' em hexadecimal é '100' ('0x100'), e é a maior potência de 2 abaixo de 365 (o número de dias em um ano).
No Brasil, oficialmente, não existe uma data específica para celebrar o dia deste profissional, mas existe um acordo coletivo comemorando o Dia do Profissional de Informática na terceira segunda feira do mês de outubro.
Basicamente, o programador ou analista de sistemas, desenvolve, projeta e implanta sistemas e aplicativos, sejam eles específicos, avançados ou básicos.
É importante que este profissional tenha um bom raciocínio lógico, pois isto facilitará na hora do desenvolvimento de um sistema. Além disso, o programador deve gostar de aprender, ter bom nível de concentração, ser autodidata, curioso, disciplinado, paciente e persistente, além de sempre querer resolver um problema e garantir que tudo o que fez funcione como esperado.
A xícara (ou caneca) de café é o ícone do programador. Eventualmente é necessária uma boa dose de cafeína para o cérebro “entrar no ritmo” e conseguir “botar pra fora” um algoritmo mais complexo ou permanecer tantas horas focado em um mesmo código, pois a complexidade é uma constante na vida de um programador.
No dia a dia do profissional programador é comum acontecer situações inusitadas, muitas vezes devido à falta de conhecimento dos usuários de informática, que também fazem confusão com as atividades desenvolvidas por esse e outros profissionais da área. No site Vida de Programador (https://vidadeprogramador.com.br/) encontramos tirinhas bem-humoradas com situações cotidianas vividas pelos programadores, sendo muitas delas baseadas em acontecimentos reais contados pelos leitores.
Convidamos os dois programadores da Cohab Campinas, Marcos Eduardo Piccolo e Ramar Nunes Faleiro dos Santos, para nos contar um pouco mais sobre a rotina e as curiosidades desta profissão.
CRHU - Como e por quê escolheu esta profissão?
Marcos – Em 1987 fiz um curso de informática, o computador era uma novidade para todos em Casa Branca, minha cidade natal. Neste ano estava cursando a 8ª série e no ano seguinte teria que decidir o curso que iria fazer. Minha turma foi convidada para conhecer a escola técnica do município, e foram apresentados os cursos da época: Técnico em Mecânica, Tecnologia de Alimentos, Técnico em Secretariado, Técnico em Contabilidade e Técnico em Processamento de Dados, e adivinhe o que escolhi ... Processamento de Dados, o curso que estava fazendo influenciou muito na minha escolha, mas o meu sonho era ser veterinário. Assim terminei meu colégio técnico e vim para Campinas fazer um cursinho preparatório para o vestibular, como estava bem decidido na profissão que queria prestei para Medicina Veterinária, Análise de Sistemas e Educação Física, só não passei em veterinária. Nesta época já estava servindo no Tiro de Guerra de Casa Branca e fui pedir dispensa para o sargento para seguir a minha carreira profissional e a resposta dele foi: "Se você se matricular em São Carlos (Educação Física), lá tem Tiro de Guerra e consigo sua transferência, mas se você se matricular em Campinas (Análise de Sistemas) terei que te dispensar, pois lá é exército e não tem como te transferir...", como queria fugir do serviço militar me matriculei em Campinas no curso de Análise de Sistemas da PUC e assim fiquei na área de informática até hoje.
Ramar - Eu não tinha nenhuma profissão em mente até pouco antes da inscrição no vestibular. Pesquisei muito para me ajudar a decidir uma profissão. Li na revista Abril que o profissional de TI era muito requisitado, tinha alta demanda no mercado, um dos fatores era a alta taxa de desistência de alunos nos cursos de computação, isso me soou desafiador e gostei na hora. A ideia de entrar em um mercado emergente com vagas de emprego a vista e o desafio de conseguir terminar o curso me atraíram para computação.
CRHU - Conte-nos um pouco sobre a rotina dos trabalhos como programador na Cohab Campinas.
Marcos – O trabalho de um programador exige muita criatividade e concentração, temos que transferir as rotinas de trabalho do dia a dia para o computador, mas se fosse só isso por mais difícil e complicado que seja seria muito tranquilo, o problema é que quando se informatiza uma determinada atividade, muitas coisas que as pessoas fazem no dia a dia deixam de ser realizadas por elas, pois o computador se encarrega de tudo e essa mudança às vezes é traumática para quem executava tal tarefa. Felizmente, na maioria das vezes, as pessoas ficam contentes por não terem mais que fazer tarefas repetitivas e aproveitam o tempo para aprimorar os trabalhos da área e é aí que o trabalho do programador aumenta, pois é um tal de: mas se implementarmos tal rotina... Se gerarmos um relatório... Se relacionarmos estas informações com...
Ramar - Estamos em tempo de construção de novos sistemas. Fazemos construção de website, mudanças no sistema de regularização fundiária. Ferramentas de apoio e construção de relatórios. Normalmente, estamos sempre tocando dois ou três projetos simultâneos.
CRHU - Sabemos que a área de informática está em constante inovação. Como o profissional faz para manter-se atualizado neste universo tão dinâmico que é a área de TI?
Marcos – Com tantas mudanças ocorrendo, temos que focar no que é essencial para o desenvolvimento da nossa atividade na empresa, pois é impossível sabermos tudo que está relacionado com TI, mas devemos ficar sempre atentos às novas tecnologias. Hoje a Internet e o "São Google" nos ajudam bastante na busca por novos conceitos e tecnologias.
Ramar - É uma questão de usar a computação para a computação. Estamos sempre recebendo e-mails da comunidade com palestras, artigos e novidades do mundo da TI. Sempre recorremos à internet em nosso dia a dia para aprender mais um pouquinho.
CRHU - Qual o projeto que já realizou que você tem mais orgulho de ter participado?
Marcos – O projeto de preparação dos nossos sistemas para enfrentar o "bug do milênio", foi um grande desafio, tivemos que alterar todos os nossos programas, pois todos trabalhavam com dois dígitos para representar o ano e com a mudança de 1999 para 2000, os sistemas entenderiam que 01/01/2000 seria 01/01/00(1900) o que causaria muitos erros. No início de 2000 todos os nossos sistemas continuaram funcionando normalmente, o que para nossa equipe foi motivo de muito orgulho.
Ramar - Tenho orgulho de muitos projetos meus, mas tem um em especial, um projeto pessoal. No aniversário de minha esposa fiz um site comemorativo para ela, onde tinha um mural com fotos e uma página de recados que a família e amigos deixava suas felicitações. Foi muito divertido de fazer, ficou muito bonito e a esposa, é claro, ficou emocionada.
CRHU - Os profissionais de TI utilizam muitos termos técnicos e siglas em suas comunicações. Isso às vezes dificulta o entendimento de pessoas que não são da área, causando até mesmo situações engraçadas ou constrangedoras. Você poderia nos contar se já passou por uma situação dessas ou se conhece algum caso?
Marcos – Tem um caso muito engraçado... Não vou citar nomes, mas as pessoas envolvidas vão se lembrar e rir com todos. Estava na minha rotina de programador quando recebi uma ligação da contabilidade e a dúvida era: "coffee break, faço o lançamento como hardware ou software?" Depois de algumas risadas respondi que não era nem um nem outro, mas que tinha sido um delicioso café da manhã que tivemos aqui na empresa.
Ramar - Acho que nunca passei por isso, sempre busco falar da maneira que o usuário entenda.
“Profissionalismo é, sem dúvida, digno de honra e orgulho, mas também de responsabilidade”.
Nossos agradecimentos aos programadores, que com muito profissionalismo e responsabilidade, criam soluções para nossas demandas e tornam nosso trabalho mais fácil.
FELIZ DIA DO PROGRAMADOR!
Organização, edição da matéria e fotos: Coordenadoria de Recursos Humanos
Programa SocioCultural
DiCAF/DA/CRHU/
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