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Espalhe amor. Doe órgãos. Salve vidas.

 

“É a intenção, e não a doação, que faz o Doador”    

Gotthold Lessing

 

A doação de órgãos é um ato de caridade e amor ao próximo. A cada ano, vidas são salvas por esse gesto solidário. O transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.

 

A conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos é vital para melhorar a realidade dos transplantes no País.

 

Um único doador pode salvar ou melhorar a qualidade de vida de mais de vinte pessoas. O cidadão que deseja ser doador não precisa assinar nem pagar nada, basta comunicar sua família para que, caso necessário, o procedimento seja autorizado.

 

Para doações em vida, o doador deve ter mais de 18 anos de idade e o receptor deve ser cônjuge ou parente consanguíneo (pais, filhos, irmãos, avós, tios ou primos). Se não houver parentesco, será preciso autorização judicial.

 

A triste estatística é que atualmente no Brasil, mais de 35 mil pessoas estão na fila para transplante de órgãos. No 1° trimestre de 2019 ingressaram na fila do transplante de órgãos 2.422 pessoas, destas 337 vieram a óbito. Foram realizados 2.131 transplantes de órgãos (Coração, Fígado, Multivisceral, Pâncreas, Pulmão e Rim), 3.400 Tecidos (córnea) e 742 de Células (medula óssea).

Hoje é com um desconhecido, mas amanhã pode ser com algum amigo, parente próximo ou até mesmo você. Doar órgãos é doar vida.

 

Uma nova chance....

 

Em Abril/1996 o Alex Wilson prestou Processo Seletivo na Cohab para o emprego de Programador de Sistemas, sendo admitido em 22/05/1996, para prestar serviços na ocasião na Divisão de Processamento de Dados, onde trabalhou até o dia 2004.

Embora já houvesse manifestado as complicações renais e, o empregado estivesse em constantes tratamentos, foi somente no dia 04 de Junho de 2004, que afastou-se pela Previdência Social, em virtude do Transplante Renal. 

Em 07 de Novembro de 2.005, a Previdência concedeu Aposentadoria por Invalidez, em razão da incapacidade laborativa. E, assim ele seguiu sua vida fora da  Companhia.

Em Dezembro de 2.018, para sua surpresa, depois de 13(treze) anos de afastamento a Previdência o considerou apto para suas atividades laborativas e, em 03 de Janeiro de 2.019, retornou à Companhia, na atual Coordenadoria de Tecnologia de Informação e Gestão de Dados, recomeçando sua vida profissional na área de Informática.

 

Neste mês de Setembro, quando se comemora o Setembro Verde, que tem como objetivo a conscientização deste ato de amor, que pode salvar vidas, procuramos o Alex, que é um exemplo concreto muito próximo à nos, e ele, como sempre, muito bem humorado, contou-nos sua trajetória como transplantando.

 

...por Alex Wilson Krutzfeldt

Primeiro eu agradeço a Deus pelos 15 anos 3 meses do Transplante Renal e por ter dado tudo certo, sendo que nem precisei fazer hemodiálise e em 40 dias resolveu o transplante.  

Recebi o rim do meu irmão, que doou com alegria. Na ocasião tanto ele quanto minha irmã, tinham 50% de compatibilidade, e os dois disputavam entre eles para ver quem seria o doador.

Também agradeço a minha família, parentes, amigos e, não poderia deixar de fora, os amigos da Cohab que sempre me apoiaram e deram forças para continuar.

Depois da realização do transplante fiquei internado durante uma semana, e após a alta médica minha rotina clinica era muito severa. Ia duas vezes por semana ao Hospital do Rim para procedimentos e acompanhamentos médicos. Depois de um certo tempo, passei a frequentar, aquele lugar que já tinha se tornado rotineiro na minha vida, uma vez por semana a cada 15 dias, mais tarde passou a ser uma vez por mês e atualmente ainda necessito desses cuidados, porém, agora a cada três meses.

Após o transplante, tive que fazer várias adaptações à minha vida e foi uma fase muito difícil.  Tinha muita coceira e praticamente todo fim de tarde o mal-estar era inevitável.  Foi necessário mudar meus hábitos alimentares, e a semente do tomate sumiu do meu prato. Meu tom de pele ficou esverdeada.

Nunca me esqueci de um papo com a minha irmã na época do meu transplante. Em meio a conversa ela perguntou se eu estava com medo, eu falei que sim. Depois perguntou se eu acreditava em Deus, também falei que sim. Aquela conversa com alguém muito especial e conhecimento de que eu estava no melhor hospital, que é referência em transplante de rim me deixou mais tranquilo e confiante. Acreditei nisso e, a prova disso é que, depois de vencido todas as etapas e adaptações que a vida de um transplantado exige, tenho uma vida normal com poucas restrições.



Fontes de pesquisa

http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos

http://www.abto.org.br/abtov03/Upload/file/RBT/2019/RBT-2019-1%20trim%20-%20Pop.pdf

http://www.cremers.org.br/dowload/doacao.pdf

 
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