PROGRAMA QUALIDADE DE VIDA
DATAS COMEMORATIVAS |
DIA 29 DE SETEMBRO
DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO
Foto: A Crítica
Faça escolhas saudáveis e previna doenças
O dia 29 de setembro foi marcado como o Dia Mundial do Coração. E, entre outras coisas, como a genética, o principal motivo que faz os índices de doenças do coração subir são os hábitos nada saudáveis de jovens, adultos e idosos no Brasil. Por isso, os hospitais estão cheios de pacientes com diversos problemas cardiovasculares, entre eles o infarto, angina, obstrução das artérias coronárias, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e, o mais comum, hipertensão arterial.
Quais as causas
“Algumas doenças cardiovasculares, como a hipertensão, por
exemplo, não têm, na maioria dos casos,
um motivo único para o seu
desenvolvimento. O conhecimento atual sobre as causas das doenças
cardiovasculares aponta para uma combinação de predisposição genética, idade e
estilo de vida -
alimentação e atividade física, por exemplo”, contou ao Terra o cardiologista
Dr. Abel Magalhães, do
Vita Check-up Center.
“No geral, estas doenças não têm cura, têm controle. E isso
é feito tendo alguns cuidados. Sempre
é válido mudar os hábitos e se cuidar
para diminuir os riscos”, informou o Dr. Guilherme de Menezes
Succi,
especialista em cirurgia cardiovascular com doutorado pela USP.
No entanto, apesar de ser comprovado que a prevenção é o
principal fator de sucesso contra as doenças
cardiovasculares, o Brasil ainda
não tem grandes resultados neste aspecto. “Percebe-se que o Brasil
ainda não
possui uma cultura muito amadurecida de diagnóstico precoce e mudanças no
estilo de vida
(como preconizado através de check-ups médicos periódicos), ao
contrário de países com mais tradição
em medicina preventiva”, disse o Dr. Abel
Magalhães.
Como prevenir
Por isso, eliminar os fatores de risco que desencadeiam as
doenças é o melhor método para retardar
as doenças o máximo possível. Além de
exercícios físicos regulares ao menos três vezes na semana,
a alimentação é a
chave para o sucesso, nestes casos. “A orientação alimentar é feita para
prevenir os
fatores de risco, como pressão alta, colesterol, excesso de peso,
entre outros”, explicou a nutricionista
do Hospital do Coração (HCor), Camila
Gracia.
Além da alimentação e exercício físico, outros fatores
também são importantes. “Evitar se alimentar em
grandes quantidades, eliminar o
tabagismo, reduzir e controlar o estresse, procurando uma condição
de vida mais
tranquila e mais feliz, por mais difícil que seja, são formas de minimizar os
riscos
cardiovasculares”, informou também o Dr. Guilherme Succi.
Consuma alimentos que ajudam a
proteger o coração
Por isso, o objetivo é buscar alimentos saudáveis que
ajudam a proteger o coração, como
castanhas em geral, que possuem
substâncias antioxidantes - um tipo de gordura boa que
diminui as inflamações.
Tomar álcool em pequenas quantidades, principalmente o vinho, que,
segundo o
Dr. Guilherme Succi, tem substâncias flavonoides, que têm um efeito cardio
protetor,
também é um bom hábito. O ideal é uma taça de vinho por dia.
O cacau também tem efeito oxidante. Mas é preciso ficar
atento com o chocolate ideal que é aquele
com mais de 70% de teor de cacau.
“Quem consome chocolates convencionais acaba trocando os
benefícios do
cacau pelos malefícios do alto teor da gordura”, explica o cardiologista.
As fontes de fibras, como verduras, legumes, frutas e
cereais integrais também devem ser priorizados e
ajudam tanto na redução da
absorção de gorduras, além de controlar o colesterol, promovendo um
funcionamento mais adequado do intestino evitando a retenção de toxinas. Mas os
diabéticos devem
prestar atenção ao consumo de frutas que, apesar de saudáveis,
são bastante calóricas.
Alimentos a serem evitados
Para controlar os fatores de risco, como o colesterol, o
ideal é trocar as gorduras que não são tão
saudáveis por gorduras
saudáveis. Tente diminuir o consumo de gordura saturada, como picanha,
costela, cupim e todos os embutidos, como presunto, salame e bacon. Alimentos
processados como
creme de leite, molhos, cremes, recheios e coberturas também
devem estar na mesa
somente esporadicamente.
A nutricionista Camila Gracia alerta também para o controle
do uso de sal. “O ideal é usar o mínimo
de sal possível e optar por
alternativas, como pimenta, alho, cebola e ervas em geral”.
Carne branca é sempre melhor que a
vermelha?
Apesar do senso comum de que carne vermelha é sempre pior
que a branca, o Dr. Guilherme Succi
esclarece que o critério para avaliar a
qualidade do produto é, na verdade, a quantidade de gordura.
“Não
interessa a cor da carne. Um peixe de água doce, por exemplo, é extremamente
gorduroso e
uma coxa de frango com pele também tem mais colesterol que qualquer
picanha”.
Ele alerta ainda que a gordura visível que tem nas carnes
deve ser sempre retirada, pois é muito
prejudicial.
Como cuidar da alimentação de quem foi
diagnosticado com uma doença cardiovascular
Uma pessoa diagnosticada com alguma doença cardiovascular
deve priorizar uma alimentação
rica em verduras e legumes, com maior frequência
de peixes, aves sem pele e evitar frituras.
“Optar por alimentos mais
grelhados, assados, ensopados e cozidos é a melhor opção”,
esclarece a nutricionista
do HCor.
Ela esclarece ainda sobre o modo de preparo das refeições e
afirma que usar o óleo de soja em
quantidade moderada para fazer a comida já é
um começo. Trocar outros temperos pelo azeite
na salada também é uma opção
viável e mais saudável. “No fundo as pessoas sabem o que têm que
comer,
mas no dia a dia, fazem escolhas erradas”, concluiu a nutricionista Camila
Gracia.
Portal Terra